Várias casas do residencial Monte Cristo, construído para abrigar famílias que sofreram com a cheia do rio Mearim, em Trizidela do Vale, em 2009, foram demolidas na manhã de sexta-feira (25). A destruição das casas ocorreu depois que o Jornal Nacional mostrou as casas ruindo, com rachaduras em todas as paredes e ameaçando a vida dos seus moradores.
A Construtora Vale do Paraíba (Covap), empresa que fez as casas, se comprometeu a reconstruí-las, já que a obra está em garantia. Pelo menos outras 11 casas terão que ser reformadas.
As casas foram entregues em novembro de 2010. Quatro meses depois, várias delas já estavam caindo aos pedaços, literalmente. Algumas famílias deixaram suas casas há algumas semanas, com medo delas desabarem. Elas estão em casas de parentes e amigos.
O residencial Monte Cristo é formado por 240 casas, que custaram, aproximadamente, R$ 5 milhões, recurso de um convênio firmado entre o governo federal, do Estado (secretaria das Cidades, que na época tinha como titular o Filuca Mendes) e da Prefeitura de Trizidela do Vale.
Para a Jornal Nacional, o Ministério da Integração informou, em nota, que a responsabilidade de acompanhar e fiscalizar as obras era do governo do Estado. Já o governo do Maranhão informou, também em nota, que a prefeitura não prestou contas nem informou que as casas seriam entregues em novembro, e abriu um procedimento para apurar o caso. Já a prefeitura está cobrando as ações de reconstrução e reforma das casas da construtora.
O Conselho Regional de Engenharia (Crea/MA) também esteve no local e informou que abriu sindicância para apurar se o engenheiro responsável pela obra errou.
Imirante
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