Hoje vamos falar do URUCUM, uma pequena árvore que dá flores rosadas, com muitos estames, órgãos masculinos das plantas que produzem flores. Em Bom Viver não existe uma só casa que não tenha ou já teve um pé dessa planta.
Seu nome popular tem origem na palavra tupi "uru-ku", que
significa "vermelho".
Os frutos de até 3 cms, são cápsulas armadas por espinhosinhos
maleáveis, que tornam-se vermelhas ou roxas, quando maduras. Então, abrem-se
revelando pequenas sementes dispostas em série. É dessas sementinhas que sai a
tinta – é preciso amassá-las com a ponta da unha e espalhar.
Geralmente os frutos aparecem em janeiro/fevereiro e junho/agosto.
O chá das sementes tem ação digestiva e expectorante, com ação laxante.
A infusão das folhas também atua contra bronquite, faringite e inflamação dos
olhos. O pó é digestivo, laxante, expectorante, febrífugo, cardiotônico,
hipotensor e antibiótico, agindo como antiinflamatório para contusões e
feridas. As sementes são expectorantes, utilizadas em moléstias do peito. O
urucum também é utilizado para afecções do coração. A tintura do urucum é usada
como antídoto do ácido prússico (veneno da mandioca).
O urucum é utilizado tradicionalmente pelos índios brasileiros como
fonte de matéria prima para tinturas vermelhas, usadas para os mais diversos
fins, entre eles, protetor da pele contra o sol, contra picadas de insetos e
para fins estéticos; há também o simbolismo de agradecimento aos deuses pelas
colheitas, pesca ou saúde do povo. A tintura corporal vermelha acompanhava os
índios nos momentos de guerra ou de forte vibração, por ocasião das
comemorações coletivas.
A tintura de urucum em pó é conhecida
como colorau, e é usada na culinária para realçar a cor dos alimentos. Esta
espécie vegetal ainda é cultivada por suas belas flores e frutos atrativo.
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