A Hora da Verdade

A Hora da Verdade no blog da Ana Paula

domingo, novembro 13, 2016

Taí­ uma das coisas difícil que aconteceu comigo: dar o último adeus para a minha querida cachorrinha Faísquinha,


Taí­ uma das coisas difícil que aconteceu comigo: dar o último adeus para a minha querida cachorrinha Faísquinha, que faleceu no início da tarde hoje. Essa é uma daquelas coisas que nós deveríamos nascer sabendo: a morte é a única certeza da nossa vida. Mas confesso que não consigo aceitá-la de uma forma tão fácil. Sei que é um sentimento um pouco egoísta e até mesmo angustiante querer que as pessoas e bichos vivam para todo o sempre, prolongar um sofrimento, mas na real gostaria que todo mundo fosse imortal ou pelo menos programado para morrer todos num mesmo dia, num mesmo momento, assim, ninguém sofreria. A verdade é que ninguém quer aprender a dizer adeus, mas temos que aceitar isso de uma forma menos dolorida. Mas no caso de Faisquinha aceitei a duras penas. Mas como disse minha filha Camila ao saber que eu estava sofrendo com a morte da cadelinha: "Essas coisa acontecem. Temos que supera-las. Mais uma coisa é certa: ela trouxe muitas felicidades para todos nós durante todo esse tempo".

Desde quando soube do diagnóstico de Faisquinha, perdi a paz e o sono. Alguém pode dizer: “mas ela é só uma cachorrinha, logo você arruma outra”. Mas para mim ela sempre foi muito mais do que uma simples cachorrinha: ela foi minha companheira de todas as horas, minha confidente, minha escudeira mais fiel. Não vou conseguir esquecer que mesmo mal conseguindo andar de dor nos seus últimos dias de vida ela ia atrás de mim aonde quer que eu fosse.

Nesses últimos dias de vida, procurei demonstrar todo o amor que eu sinto por ela e o quanto ela foi especial na minha vida e da minha família. Doía saber que ao sair de manhã, aquela poderia ser a última lambida na mão que eu ganharia, o último carinho que eu receberia dela. Por isso preferir não mais sair de casa, pra ficar ao seu lado. Procurei abrir mão de algumas horas a mais de sono para ficar com ela.

Que saudades vou sentir dos dias que eu chegava apressado em casa, só pensando em vê-la me recebendo, pulando em cima de mim, me lambendo e fazendo todo tipo de artimanhas para chamar minha atenção, das vezes que ela me acordava me lambendo, como se quisesse dizer “olha o céu lindo lá fora, vem comigo brincar”.

Hoje, fiquei a manhã inteira com ela, que ficou deitada sempre ao meu lado, muito fraquinha, mas ainda com o rabinho sempre abanando. Só saímos para fazer uma última visita ao veterinário, que disse não haver mais jeito. Ao chegarmos de volta em casa, por volta das 13 hs, ela deu aquela que foi sua última lambida e o último olhar. Meia-hora depois ela partiu, em meus braços. Nessa hora, um filme passou pela minha cabeça e ao final dele, só consegui pedir para que Deus fizesse o que fosse melhor não para mim, mas para ela. E foi assim, que ela pode descansar em paz.

Difícil aceitar que minha companheira de apenas seis meses partiu. Virou um anjinho de 4 patas. Estou tentando aceitar, mas é um processo dolorido. Tenho certeza que ela está pulando de nuvem em nuvem, procurando a mais alta e fofinha para deitar, assim como as almofadas que ela procurava aqui em casa, e olhar para a gente aqui na terra.

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