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sexta-feira, dezembro 16, 2016

Coisas do fim do mundo - Mulheres se suicidam e pedem para matar filhas contra estupro em Aleppo

Suicídio vira tática contra estupro, na Síria - Imagem/Reuters
Suicídio vira tática contra estupro, na Síria - Imagem/Reuters

Desespero, essa é a palavra que pode resumir o clima em Aleppo, uma das cidades mais importantes da Síria.  Muito religiosas e seguindo o islamismo, mulheres locais pedem autorização para que possam ser mortas ou matar outras mulheres, quase sempre suas irmãs ou filhas. O motivo é que elas têm medo de virarem escravas sexuais dos soldados do regime de Bashar al-Assad. Na concepção religiosa local, virar objeto sexual é pior do que o suicídio. Por isso, muitas mulheres, infelizmente, tem cometido um #Crime conta elas mesmas.
Nesta quinta-feira (15) histórias envolvendo os soldados locais horrorizaram o mundo. Tudo começou quando uma enfermeira, antes de cometer o suicídio, escreveu uma carta, relatando que não queria ser mais uma vítima do exército sírio. Ela resumiu os militares como verdadeiros animais. Enquanto as tropas se aproximam de Aleppo, mais mensagens que falam sobre a morte ganham as redes sociais. O drama do terrorismo, dessa forma, passa a ser dividido por todo o planeta, que não tem conseguido, através da comunidade internacional, agir com a força necessária para interromper este conflito, que a cada dia parece ficar maior e pior.
“Sou uma das mulheres em Aleppo que em breve serão violadas. Não há mais armas ou homens que possam ficar entre nós e os animais que estão prestes a vir, o chamado Exército do país. Eu não quero nada de você. Nem mesmo suas orações. Ainda sou capaz de falar e acho que a minhas orações são mais verdadeiras do que as suas. Tudo o que peço é que não assuma o lugar de Deus e me julgue quando eu me matar. Eu vou me matar e não me importo se você me condenar ao inferno! Estou cometendo suicídio porque não quero que meu corpo seja alguma fonte de prazer para aqueles que sequer ousavam mencionar o nome de Aleppo dias atrás. E quando você ler isso saiba que eu morri pura apesar de toda essa gente”, diz a carta. O nome não foi divulgado e a veracidade não pode ser comprovada.
A carta era endereçada a líderes religiosos e da oposição e, segundo o jornal britânico “Metro”, o post foi compartilhado pelo trabalhador humanitário Abdullateef Khaled. Ela reforça os rumores de mulheres cometendo o suicídio para evitar o estupro à medida que as forças sírias avançam e surgem denúncias de execuções.
Missão de retirada
Os relatos dessas vítimas indicam que os direitos humanos não são seguidos nessa guerra, mesmo sabendo que ela envolve populações muito religiosas. Especialistas revelam, que na luta, os ensinamentos do Islã são deturbados e até os preceitos mais básicos perdidos. Por isso, os soldados abusam sexualmente de mulheres locais e nem por isso se acham cometendo qualquer tipo de crime ou pecado.
Em meio ao caos, uma operação para retirar milhares de civis e combatentes do último bastião rebelde da cidade síria de Aleppo está em andamento nesta quinta-feira, apesar de um ataque a um comboio médico levado a cabo por forças pró-governo.
nquanto ônibus e ambulâncias seguiam para o enclave sitiado, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha disse que os esforços para retirar cerca de 200 feridos, parte de um acordo mais amplo de cessar-fogo, começaram.
A Rússia, grande aliada do presidente sírio, Bashar al-Assad, disse que a remoção de 5 mil rebeldes sírios e seus familiares do leste de Aleppo teve início.
Mais cedo, ambulâncias que tentavam levar pessoas receberam disparos de combatentes leais ao governo sírio que feriram três pessoas, segundo o porta-voz de um serviço de resgate.
A retirada do último enclave rebelde de Aleppo irá encerrar anos de combates na cidade e marcar uma grande vitória para Assad.
“Milhares de pessoas estão necessitadas de evacuação, mas a primeira e mais urgente das coisas são os feridos, os doentes e as crianças, inclusive órfãs”, disse Jan Egeland, o representante humanitário da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Síria.
Uma testemunha da Reuters na parte da cidade controlada pelo governo disse que colunas de fumaça negra podiam ser vistas emanando da área controlada pelos rebeldes.
Os moradores que esperam ser retirados vêm queimando os pertences que não conseguem levar consigo e que não querer deixar para ser pilhados por forças governamentais.
“Do lado de fora de cada edifício você vê uma pequena fogueira, papéis, roupas femininas”, disse um local à Reuters.
Soldados russos estão se preparando para conduzir os insurgentes para fora de Aleppo, informou o Ministério da Defesa em Moscou. A Síria garantiu a segurança destes e de suas famílias, que serão levados a Idlib, cidade do noroeste sírio que Damasco não controla.
A Rússia irá usar drones (aeronaves não tripuladas) para monitorar rebeldes e parentes sendo transportados em ônibus e ambulâncias ao longo de um corredor humanitário, informou o ministério.
O acordo de retirada irá incluir a passagem segura de feridos dos vilarejos xiitas de Foua e Kefraya, próximos de Idlib, que estão sitiados pelos insurgentes, de acordo com uma unidade militar de mídia do Hezbollah, grupo libanês ligado a Assad.
Um comboio partiu para liberar os vilarejos nesta quinta-feira, relatou a mídia estatal síria.
Com informações de Reuters, O Globo e Blasting News

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