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quarta-feira, janeiro 23, 2019

Medida Provisória de Bolsonaro propõe Pente Fino para combater fraudes em benefícios do INSS


   
        
A Medida Provisória anti-fraude assinada na última sexta-feira 18 pelo presidente Jair Bolsonaro, traz um endurecimento de regras para concessão de benefícios da Previdência Social, com um impacto positivo estimado de mais de 9 bilhões de reais neste ano.
Entre as propostas da medida estão um reforço no pente-fino que será feito por peritos do INSS para identificação de benefícios indevidos, a instituição de um tempo de carência de 24 meses nas contribuições a concessão de auxílio-reclusão e o aperto nas regras para comprovação da atividade rural.
Nos casos de benefícios pagos a dependentes de presos, por exemplo, o chamado auxílio-reclusão, será estabelecida uma carência de 24 contribuições. Pela regra anterior, bastava uma única contribuição para a concessão do benefício.
A MP também determina que só terão direito ao auxílio dependentes de presos em regime fechado e haverá proibição de acúmulo de benefícios.
As pensões por morte também são alvos da medida, que passa a exigir prova documental para a comprovação de união estável ou de dependência econômica, e não mais com base em prova testemunhal.
A proposta tenta atacar ainda os pagamentos em duplicidade, em casos em que forem incorporados novos dependentes. A legislação até então permitia que um novo dependente reconhecido recebesse o benefício de forma retroativa, sem qualquer desconto ou devolução de valores por parte dos demais beneficiários.
Já na aposentadoria rural, a ideia é que seja criado pelos ministérios da Agricultura e da Economia um cadastro de segurados especiais com direito ao benefício, o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), única forma de o trabalhador do campo assegurar sua aposentadoria a partir de 2020.
Até 2020, trabalhadores rurais poderão apresentar uma autodeclaração, a ser avaliada pelo INSS e homologada pelas entidades do Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar e Reforma Agrária (Pronater), ligado ao Ministério da Agricultura. O INSS poderá exigir A ideia é que sejam destinados pouco mais de 200 milhões de reais para o combate às fraudes no primeiro ano, e a expectativa é que esse valor chegue por volta de 300 milhões quando o sistema estiver adaptado, conforme estimado pelo governo federal.


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