Em discurso na Câmara dos Deputados no fim da tarde de quinta-feira, 10, o deputado federal e pré-candidato ao governo do Maranhão, Flávio Dino, afirmou que não há motivos jurídicos e nem políticos para que o Diretório Nacional do PT intervenha no resultado alcançado democraticamente pela instância estadual da legenda.
Segundo analisou Flávio Dino, não há motivo jurídico para a intervenção. Para isso, seria necessário a constatação da ilegalidade na realização dos encontro de tática eleitoral no Maranhão. Não haveria, também, motivo político, uma vez que todos os partidos que compõem a chapa majoritária encabeçada por Flávio Dino também compõem a base do presidente Lula e da pré-candidata à Presidência da República, Dilma Roussef. “Não é, portanto, uma aliança contrária ao plano nacional. Na verdade, é uma aliança que possibilita a realização do plano nacional no Maranhão”, explicou Flávio Dino.
O mesmo, porém, não se verifica na outra aliança proposta ao PT marahense: na chapa até agora sugerida pela atual governadora Roseana Sarney (PMDB), constam partidos que são opostos a Lula, como o PV, que apoia Marina Silva, ou o DEM, que apoia José Serra. “Se o PT apoiar a Roseana Sarney, aí sim estará sendo incoerente”, analisou o pré-candidato Flávio Dino.
Vigília
Militantes do PT maranhense e integrantes de movimentos sociais passaram a quinta-feira e a madrugada da sexta=feira em vigília na sede do PT em São Luís. O ato político teve eco nos outros três maiores diretórios do Estado: Imperatriz, Caxias e Bacabal. Os petistas acenderam velas e estenderam a bandeira do PT no chão.
Desde a quinta-feira, o deputado federal Domingos Dutra (PT) está na Câmara, em Brasília, onde deverá iniciar greve de fome em protesto contra a possibilidade de intervenção nacional. A ex-deputada petistaTerezinha Fernandes, vice-governadora na chapa composta pelos três partidos, também já avisou que aderirá ao movimento, caso haja a intervenção. O líder camponês Manoel da Conceição,de 75 anos, um dos fundadores da legenda, também já informou que pode aderir ao protesto. Eles estão acompanhando a situação em Brasília desde a quinta-feira.
Fundado em 1922, é a primeira vez que o PcdoB tem um candidato ao governo de um estado Brasileiro. A candidatura é considerada um marco histórico para o partido. A aliança entre PT, PcdoB e PSB foi decidida democraticamente durante o encontro de tática eleitoral realizado nos dias 26 e 27 de março. Por 87 votos a 85, os petitas decidiram rejeitar a aliança com o PMDB e coligar com PcdoB e PSB.
Redação: Assessoria de Comunicação Flávio Dino
(98) 8813 9880
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