Milton Coelho nasceu em Codó, mas foi estudar em Pernambuco
Homem de confiança do governador Eduardo Campos (PSB), o prefeito interino do Recife, Milton Coelho da Silva Neto (PSB), 43 anos, sempre esteve à frente de missões importantes do partido e do Governo do Estado. Antes de assumir o papel de coordenador político da campanha socialista, ele foi responsável por montar uma aliança de 15 partidos que resultou na reeleição de Eduardo como o governador que obteve a maior votação proporcional do país (82,84%). No segundo turno, Milton já tinha sido escalado para atuar como interlocutor nos estados do Nordeste em favor da presidenciável do PT, Dilma Rousseff. Sua primeira tarefa seria cumprida na quarta-feira 8, quando viajaria à Paraíba para reforçar a campanha do candidato do PSB ao governo do estado, Ricardo Coutinho.
A viagem foi cancelada por causa de sua nova atribuição para administrar o Recife durante o período de afastamento do prefeito João da Costa (PT), que se submeteu a um transplante de rim em São Paulo e passará dois meses afastado da prefeitura. Milton nasceu em Codó e foi para Pernambuco adolescente fazer o antigo científico. Conseguiu se formar em Direito na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). É casado e pai de três filhos. De origem humilde, morou em Codó na Rua 14 de abril. É neto do comerciante Milton Coelho falecido no início do ano em Teresina (PI). O pai, de mesmo nome, foi delegado de polícia em Codó e Caxias.
Presidente estadual e integrante da Executiva Nacional do PSB, Milton Coelho tem como uma de suas características fazer política de bastidor. Seu estilo o credencia a atuar como elo de interlocução entre seu partido e o PT. Como vice-prefeito do Recife, tem trabalhado para manter o entendimento entre o governo do estado e a PCR. No primeiro semestre deste ano articulou um pacote de obras que está sendo executado em parceria com o Poder Executivo estadual. O investimento ultrapassa a casa dos R$ 40 milhões.
Milton Coelho acompanha Eduardo desde 1995. É auditor do Tribunal de Contas de Pernambuco desde 1991 e dois anos depois já era presidente do Sindicontas. Sua atuação política teve início nos anos 80 ao participar de movimento estudantil, quando fez as campanhas socialistas de 82 e 86.
No último Governo Arraes (1995-1998), foi assessor especial do Secretário de Governo, Eduardo Campos, diretor-geral da Secretaria da Fazenda e Diretor de Administrativo Financeiro da Compesa. Terminado o Governo Arraes, voltou para o TCE, onde foi coordenador de administração geral, diretor geral e coordenador da Escola de Contas Públicas.
Fez parte da gestão de João Paulo, em 2001, como assessor do secretário de Administração, Danilo Cabral. Em seguida foi convocado por Eduardo Campos e Arraes para ser o Secretário Nacional da Secretaria de Inclusão Social do Ministério da Ciência e Tecnologia.
Retornou ao Recife no final de 2003, para presidir o PSB municipal. Em 2004, passou a integrar a direção executiva estadual como Secretário Geral do partido. Eleito presidente regional do PSB de Pernambuco em 2005, foi reeleito por unanimidade ao cargo em junho de 2008. Está no terceiro mandato como secretário especial da executiva nacional do PSB.
Para se dedicar exclusivamente à coordenação da campanha eleitoral do amigo e aliado político Eduardo Campos, se afastou da função de vice-prefeito. A relevância que seu nome ganhou nessa eleição contrasta com o momento vivido pelo socialista na campanha de 2006.
(Com informações do Diário de Pernambuco).
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