Rio Pericumã pede socorro. Aterramento, destruição de mata ciliar, cercas, búfalos e seca contribuem para o de definhamento

Imagem de Internet

Os pinheirenses conhecem muito bem o Rio Pericumã  e nos últimos anos têm testemunhado o seu rápido definhamento. "O Pericumã é um rio doente prestes a morrer de vez. Só não vê quem não quer mesmo. Nos últimos anos então, foi muito feio o que aconteceu com o rio. A gente começou a ver o assoreamento do mesmo por conta da ação dos búfalos e da degradação da mata ciliar, e a baixa das suas águas em consequência das constantes secas" disse um morador das proximidades do rio. 

A atividade humana é a maior culpada da emissão de dióxido de carbono e outros gazes responsáveis  pelo aquecimento terrestre, e especificamente em nossa região, a falta de manutenção  e o corretos manejo das comportas do Pericumã as cercas e os aterramentos realizadas nas margens do rio e campos inundáveis contribuem para o aceleramento da morte do rio.

O nosso Pericumã e seus campos alagados, estão vivendo uma das piores secas já testemunhadas e pede socorro.  Hoje, em alguns pontos, são apenas filetes de agua, se comparados aos dezenas de metros de largura que alcançam na época das cheias. Com suas canoas paradas e seus apetrechos de pescas guardados, os pescadores ficam parados em uma região onde a economia é basicamente de subsistência, e uma das principais atividades do município. 


As imagens que se vê nas redes sociais dos campos outrora alagados, é sempre a mesma: vários e vários quilômetros a perder de vista de planícies esturricadas intercaladas por manadas de bois, que comem o que resta da grama cinza. O que se vê nessas fotos são alguns bolsões de água e fios do rio que teima em seguir seu caminho. Onde antes havia água; se vê chão rachado, a mostrar marcas deixadas pela longa estiagem

Toda esta situação tem contribuído para que uma imensa quantidade  de peixes, que são a principal fonte de renda e subsistência da população local,  morram sufocadas em lamaçais e expostas ao sol forte típico da região, ou indefesos, serem devorados pelas aves migratórias, que neste ano se mudam para a região.


 
Nos últimos dias uma grave denuncia sobre crime ambiental contra o Pericumã tem circulado nas redes sociais. Um empresário da cidade está aterrando mais uma área próxima a APA, com a intenção de construir um moderno restaurante, o que no ponto de vista do desenvolvimento econômico e do turismo local é muito bom, mas que atinge drasticamente o meio ambiente. Os moradores próximos ao rio denunciam essa ação e pedem providencias das autoridades.  

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