Papa tem carta de renúncia assinada há mais de 10 anos
A internação do papa Francisco na última sexta-feira (14) para tratar um quadro de bronquite, que se agravou para uma pneumonia bilateral – uma infecção do tecido pulmonar, potencialmente fatal em casos mais graves – trouxe de volta à tona uma carta de renúncia assinada pelo líder da Igreja Católica há mais de 10 anos.
A existência do documento foi revelada pelo pontífice em dezembro de 2022, durante uma entrevista para o jornal espanhol ABC. A carta, entregue para o secretário de Estado do Vaticano, Tarcisio Bertone, deixa em aberto a renúncia de Francisco caso sua condição de saúde não o permita exercer suas atividades.
Por conta do quadro grave, a Santa Sé cancelou compromissos do papa previstos para esta semana, como uma audiência de sábado e a missa de domingo na basílica de São Pedro. A inquietação sobre o estado de saúde do pontífice aumentou com a propagação de notícias falsas divulgadas nas redes sociais sobre a suposta morte do Santo Padre.
Apesar da semana turbulenta, Francisco apresentou uma melhora clínica nos últimos dias. O Vaticano confirmou que o pontífice conseguia se levantar para sentar em uma poltrona, ler jornal e tomar café da manhã. Fontes da igreja também informaram que o pontífice não precisa, na maior parte do tempo, de aparelhos para respirar. Mesmo com o quadro delicado e o cansaço, ele continua exercendo algumas atividades normalmente, como: receber auxiliares, assinar documentos e realizar telefonemas.
Alexandre Mansano
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