Foi encerrada na , na sede da Procuradoria Geral de Justiça, a I Marcha do Povo contra a Corrupção. A mobilização teve início nesta terça-feira, 22, nas proximidades da ponte do Estreito dos Mosquitos, indo até o quilômetro zero da BR-135. No segundo dia, a marcha que reuniu representantes de diversas entidades sociais, representado municípios de todas as regiões do Estado, percorreu diversas avenidas de São Luís, até chegar à PGJ.
Na sede do Ministério Público, os manifestantes entregaram uma representação coletiva contra prefeitos e presidentes de Câmaras Municipais inadimplentes junto ao Tribunal de Contas do Estado do Maranhão. A representação pede a condenação deles por crime de responsabilidade e falsidade ideológica. Na oportunidade, foram lidos, também, os nomes de prefeitos e presidentes de Câmaras Municipais que não disponibilizaram suas prestações de contas, conforme determina a legislação.
Para o representante das Redes e Fóruns de Cidadania do Maranhão, Iriomar Teixeira, a I Marcha do Povo contra a Corrupção fez com que a cidadania tomasse conta das ruas da cidade. O representante da Cáritas Brasileira, Ricarte Almeida Santos, ressaltou que a marcha foi a forma encontrada para que a sociedade civil organizada seja vista e ouvida pelas instituições do Estado. Segundo ele, a corrupção vem matando pessoas a cada dia de fome, por falta de saúde pública de qualidade, segurança entre outras coisas, e que ela deve ser combatida por todos, aproveitando a oportunidade para cobrar ações efetivas por parte do Ministério Público.
O diretor da Secretaria para Assuntos Institucionais da PGJ, Marco Aurélio Ramos Fonseca, que recebeu os manifestantes em nome da procuradora-geral de Justiça, Maria de Fátima Rodrigues Travassos Cordeiro, destacou o caráter democrático da marcha, lembrando que o Ministério Público é uma instituição fruto da democracia.
Marco Aurélio Fonseca garantiu que todos os membros da instituição estão atuando firmemente no combate à corrupção no Estado e ressaltou a importância da parceria da sociedade na construção de uma realidade mais justa. “Iremos receber, dar o encaminhamento devido e oferecer respostas a vocês sobre cada questão aqui levantada”, assegurou o promotor de Justiça.
A presidente da Associação do Ministério Público do Estado do Maranhão (Ampem), que também recebeu cópia da representação protocolada na Procuradoria Geral de Justiça, ressaltou que há mais de 1.500 Ações Civis Públicas por atos de improbidade administrativa, movidas por promotores de Justiça de todo o Estado, aguardando julgamento. Ela ressaltou, ainda, a importância do voto consciente: “Devemos dizer nas urnas que não queremos corruptos nos representando”.
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