Polícia sufoca uma nova rebelião em Pinheiro

Cerca de  trinta detentos da Delegacia Regional de Pinheiro, localizada no Bairro João Castelo, iniciaram uma rebelião, que teve inicio por volta das 19:30 de hoje, 23/11 . O motim foi controlado por policiais militares do 10º Batalhão de Policia Militar, que funciona em um quartel localizado próximo ao presido. O motim durou cerca de uma hora.

Segundo a delegada regional Dra Laura Barbosa, os amotinados queriam negociar com a  policia. “Chegaram a solicitar melhores condições no presídio, aparelho de televisão e colchões, mas o GOE – Grupo de Operações Especiais do 10º BPM invadiu as celas. Os amotinados se renderam e com eles foram apreendidos quatro chuchus confeccionados com pedaços de vergalhões da laje das celas e um celular”, disse a delegada.

Dra Laura informou ainda que determinou ontem a transferência de dois detentos, que ela desconfiava que estavam planejando uma fuga ou mesmo um motim. Os presos foram transferidos para o presídio de Pedrinhas, na capital do estado.

No mês de fevereiro deste ano, entre a noite de segunda-feira (7) e a madrugada de terça-feira (8), cinco detentos foram mortos por outros presos durante uma rebelião na  Delegacia Regional de Pinheiro.  A polícia divulgou na época que a rebelião teria sido motivada pela superlotação na delegacia.

A delegada Laura Barbosa, um juiz e um promotor, além de representantes da Secretaria de Segurança Pública do Maranhão (SSP), iniciaram a negociação com os presos.. O local teria capacidade para cerca de 40 presos, mas naquele momento a delegacia tinha mais de 90 detentos.

Logo após a rebelião, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, assinou  convênio com a governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), liberando os recursos federais para a construção imediata de  um em Pinheiro e outro em Bacabal..

A construção do presídio  foi anunciada durante a visita do ministro a São Luís no dia 9 de fevereiro, um dia após o motim. Até hoje nada foi feito. Tudo ficou na promessa. Provavelmente agora, com essa nova rebelião, a construção do presídio de Pinheiro volte a pauta do governo