O acusado do crime é o padrasto
da criança -
Uma criança de dois anos de idade morreu após ser
torturada e violentada sexualmente em Cariacica. O acusado da brutalidade é o
padrasto.
A pequena Fabiane Isadora Claudino deu entrada no
pronto atendimento de Alto Lage, em Cariacica, por volta das 21 horas desta
quinta-feira (18), com lesões na cabeça. Devido à gravidade, ela foi
transferida para o Hospital Infantil por volta das 22 horas, mas não resistiu
aos ferimentos e morreu nesta sexta-feira (19).
Segundo informações da Divisão de Homicídios e
Proteção à Pessoa (DHPP), o hospital atestou a morte da menina por trauma
cranioencefálico. Fabiane possuía cicatrizes de mordidas pelo corpo. Exames
apontaram que a criança também foi vítima de violência sexual.
Nesta sexta-feira (19), o delegado da Delegacia de
Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Lorenzo Pazolini, instaurou
inquérito para investigar o crime.
Uma das tias da criança, a cuidadora de idosos Tais
da Costa, conversou com a nossa reportagem. Emocionada, ela contou um pouco
sobre o último dia de vida de Fabiane."Na parte da manhã, quando a irmã
mais velha dela estava na escola, ela ficava com o padrasto. Nesta quinta-feira,
a irmã mais velha não teve aula e passou o dia na casa da mãe do padrasto. O
padrasto ficou sozinho até de noite com a Fabiane, até a hora que a mãe da
menina chegou do trabalho", disse.
Segundo Tais, quando a irmã dela chegou em casa viu
Fabiane no chão, "toda mole" e vomitando. Tanto a mãe quanto o
padrasto seguiram para o PA de Alto Lage com a menina, que foi transferida para
o Hospital Infantil. Depois que Fabiane deu entrada no hospital, o padrasto
desapareceu, segundo Tais. "Já liguei para minha irmã e ela não atende. Eu
que estou correndo atrás de todos os trâmites para conseguir enterrar minha
sobrinha", disse. O corpo de Fabiane foi liberado do Departamento Médico
Legal de Vitória na noite desta sexta-feira (19).
A tia também falou sobre o horror que Fabiane tinha
de figuras masculinas. "Ele (o padrasto) sempre foi sem paciência com ela.
Minha menina era reprimida, não podia correr ou gritar, como toda criança
saudável deve fazer. Fabiane tinha medo das figuras masculinas, era uma criança
que chegava triste na minha casa. Para mim, foi o marido da minha irmã quem fez
isso com a pequena", desabafou. E continuou: "Meu coração está doendo
doendo demais. Era uma garotinha doce e serelepe, que alegrava a todos. Sempre
que ela ficava comigo e eu dizia que a amava e ela olhava pra mim com
doçura".
Para Tais da Costa, a irmã tem parcela de culpa no
crime. "Eu via que a menina volta e meia aparecia com hematomas. Pedi a
guarda dela, pedi para eu ficar e cuidar dela. Eu já desconfiava das agressões,
mas minha irmã negava, dizia que ela caía. Esse crime poderia ter sido evitado
porque parente para cuidar de Fabiane nunca faltou", concluiu.
Ainda abalada com a morte da filha, a cuidadora de
idosos Maria Isabel Claudino diz temer que o marido, o vendedor Michel Lelis,
volte para se vingar. Ele é acusado pela polícia de estuprar e torturar a
enteada, Fabiane Isabel Claudino.
A mãe da menina está na casa de familiares,
cuidando da filha de sete anos e da enteada de 10 meses, filha de Michael.
Segunda ela, o marido foi visto andando em Campo Grande e Itacibá, no município
de Cariacica.
"Estou com nojo, raiva, ódio e queria que ele
ficasse preso pelo resto da vida. Tenho medo dele voltar. Ele sabe dos meus
horários e já tinha me ameaçado varias vezes", conta Maria Isabel.
Fonte Gazeta Online
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