Ex-companheiro
da vítima tem prisão decretada e é considerado como foragido
A
delegada titular da Delegacia da Mulher, Wanda Leite, afirmou ontem que o
inquérito policial sobre a lesão corporal grave, que teve como vítima a
advogada Ludmila Rosa Ribeiro da Silva, de 27 anos, vai ser remetido no prazo
de 10 dias para o Poder Judiciário. Segundo a polícia, a advogada foi agredida
fisicamente pelo ex-marido, Lúcio André Genésio, no último sábado 11. O acusado
chegou a ser preso em flagrante e solto mediante o pagamento de fiança no valor
de R$ 4.685, mas, no domingo, 12, sua prisão foi expedida pelo juiz Clésio
Coelho Cunha.
A
vítima ontem esteve acompanhada de advogado e familiares à Casa da Mulher, no
Jaracati, onde foi ouvida pela delegada Wanda Leite. A delegada declarou que no
decorrer desta semana, testemunhas vão depor na Delegacia da Mulher e ainda
devem chegar o resultado de exames periciais a que Ludmila Rosa foi submetida
no Instituto Médico Legal (IML), no Bacanga.
A
delegada ainda informou que após esses procedimentos o inquérito policial vai
ser encaminhado ao Poder Judiciário com a motivação e autoria definida. “Esse
inquérito vai ser encaminhado no prazo de 10 dias para a justiça”, disse Wanda
Leite.
Mandado
de prisão
O
juiz plantonista Clésio Coelho Cunha decretou a prisão preventiva de Lúcio
André Génésio em virtude de agressões físicas a sua ex-mulher, Ludmila Rosa, a
pedido do Ministério Público, por meio da promotora de justiça Bianka Sekker
Sallem. O magistrado ainda pediu que a Corregedoria da Polícia Civil pudesse
investigar o delegado Valber Braga, que arbitrou a fiança ao acusado.
A
vítima revelou ao Ministério Público que foi agredida fisicamente pelo ex-marido
várias vezes. Inclusive, um dos casos ocorreu quando a advogada estava grávida
e teria ocorrido na cidade de Pinheiro. Neste momento, ela registrou uma
ocorrência contra o acusado na delegacia daquele município.
Ela
também disse que no último sábado começou a ser espancada desde a Lagoa da
Jansen até próximo onde reside, no bairro Cohama, foi expulsa do carro do
agressor e teve seu celular quebrado. Após sair do veículo, ela pediu ajudar
aos vizinhos e foi acionada a polícia.
A
vítima está com várias marcas de violência pelo corpo, principalmente, no rosto
e nas costelas.
Nota
Na
segunda feira, a Ordem dos Advogados do Brasil
da Seccional Maranhão (OAB/MA), enviou uma nota à imprensa,
repudiando todo tipo de violência praticada contra as mulheres e se solidarizar
com a advogada Ludmila Rosa Ribeiro da Silva. Ela foi vítima de violência moral
e física praticada pelo seu ex-companheiro, Lúcio André Genésio, no último
final de semana.
Neste
caso de violência contra a advogada Ludmila Rosa, a OAB/MA está vigilante e
coloca à disposição da vítima a Comissão da Mulher e da Advogada e também a
Comissão de Acompanhamento das Vítimas de Violência para que sejam tomadas
todas as providências legais e cabíveis para que o ato violento seja submetido
aos preceitos legais. É imensurável e inaceitável a violência moral e física em
que a profissional em advocacia foi submetida. A ação reflete que a sociedade ainda
tem muito a caminhar para garantia plena dos direitos das mulheres.
Lúcio
André Genésio, no momento da prisão em flagrante, foi acusado de lesão corporal
e não havia sido divulgado o resultado do exame de corpo de delito a que a
vítima foi submetida no IML. Neste caso, segundo a Justiça, cabe o arbitrar
fiança, mas, quando o crime é definido como lesão corporal grave é
inafiançável.
O
Estado
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