Ação Social é realizada em Sudário

Primeira dama do município, senhora Mara Núbia Ferreira coordenou a Ação Social

O grupo de voluntários “Pinheiro pela Cidadania” que tem como líder a primeira dama do município, senhora Mara Núbia Ferreira, em parceria como o Projoven, coordenado por Jerfesson e Idalete, Secretária Municipal de Assistência Social, Secretaria Municipal da Saúde e Sub-Secretaria de Agricultura e Pesca, realizou no último dia 14 de novembro “Um dia de Ação Social” na comunidade Sudário.
A ação teve início as 9:hs com diversas atividades, como estética e beleza, onde pessoas de Sudário e comunidades vizinhas contaram, alisaram e hidrataram cabelos, atividades que ficaram a cargo dos alunos do Projovem Trabalhador. Os profissionais da saúde, comandados pessoalmente pela Secretaria de Saúde Sheila Lima fizeram atendimento médico com consultas, exames de diabete e teste de HIV. Houve também distribuição de medicamentos e preservativos. A Secretaria de Ação Social distribui o tradicional sopão, e realizou palestras educativas através do Conselho Tutelar e de uma Assistente Social. O Sub-Secretario de Agricultura e Pesca Henrique Mendes fez palestras sobre produção e distribuiu sementes.
Pela manhã foi instalado um “Bazar Social”, com centenas de peças de roupas e calçados. As peças foram doadas por pessoas da comunidade de Pinheiro. A tarde aconteceu um torneio de futebol com várias equipes. Como premiação foi oferecidas bolas de futebol e fardos de refrigerantes.
O povoado Sudário pertence ao Pólo Pirinã e é considerada uma das comunidades mais carentes do município. Segundo a presidente da Associação de Moradores Maria de Jesus Costa Silva, a presença do estado na comunidade se faz através de uma escola do município e da rede de elétrica instalada através do programa Luz para Todos do Governo Federal. “Nossa esperança é que até o final do governo o prefeito José Arlindo construa a nossa estrada e faça a escavação de um poço artesiano e um açude na nossa comunidade, já que a escassez de água é grande, principalmente no período invernoso”, diz a presidente.
A presidente da comunidade disse a esta reportagem que as terras de Sudário, certa de 1.700 hectares, que foram de propriedade do falecido Dr. Quincas, está em processo de desapropriação pelo INCRA. “Já foi feita a vistoria e o cadastramento das 45 famílias que moram na povoação. Também estas esperando o reconhecimento da nossa comunidade como terras quilombolas. Em breve seremos proprietários dessas terras”, disse entusiasmada a presidente.
Sudário não se difere das outras comunidades da região. As famílias vivem basicamente da agricultura familiar e produzem arroz, mandioca e milho apenas para o consumo. O que sobre é vendido na própria comunidade. No riacho que corta a povoação não tem peixe. “Somente nas grandes enchentes desce um peixinho por este riacho. Os pescadores cercam a cabeceira do rio com redes e por isso o peixe não desse”, disse um morador.
Neste período de estiagem o riacho seca completamente. Somente em um pequeno “pulsão” um local mais profundo do leito do rio existe água. “É daqui que retiramos a água para o nosso consumo. Também os animais matam sua sede nesse local”, disse uma moradora.
Na povoação não tem comercio. Os gêneros de primeira necessidade são comprados em Pinheiro ou em uma barraca em Proteção, povoado mais próximo.
As crianças e os jovens de Sudário iniciam seus estudos na escola da povoação. A partir da quarta série, eles passam a freqüentar a escola Pólo de Pirinã, que fica a aproximadamente 8 Km da povoação. Metade do trajeto é feito a pé. A outra metade, a partir de Proteção, é feita em uma D-20. “ No período invernoso a situação fica mais difícil, porque ainda não temos a estrada. De sudário a proteção, um trecho de aproximadamente três km, fica um lamaçal só. Mas não abandonamos os estudos. Queremos vencer na vida”, frisou uma aluna.
A Comunicação entre os moradores de Sudário e o resto do mundo é feito através de um telefone celular rural, de propriedade do pai da presidente da Associação, que sentre está a disposição da comunidade. “O problema é que sempre falta crédito”, diz o proprietário do celular. A única diversão dos poucos jovens que moram no povoado são as partidas de futebol, disputadas com equipes de povoações vizinhas nas tardes de domingo.
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