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segunda-feira, maio 16, 2016

UFMA sediará o 37º Encontro de Serviço Social do Maranhão


Evento comemora os 80 anos da profissão no Brasil

SÃO LUÍS – Será realizado entre os dias 18 e 20 de maio, no auditório do Centro Pedagógico Paulo Freire, na Universidade Federal do Maranhão, o 37º Encontro de Assistentes Sociais do Maranhão. Esta edição terá como tema “80 Anos de Serviço Social no Brasil: Função histórica na relação com os projetos societários”, em comemoração aos 80 anos de existência da profissão no Brasil. Em 1936, foi criada a primeira escola de Serviço Social, que, mais tarde, se tornou a atual Faculdade de Serviço Social da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo.
Ao longo do evento, serão discutidos assuntos como projetos societários, ética na sociedade contemporânea, serviço social e direitos humanos, saúde, movimentos sociais, gênero, raça, formação profissional. Os interessados podem se inscrever online por meio do site www.cressma.org.br.
O 37º encontro será realizado pelo Conselho Regional de Serviço Social do Maranhão (CRESS -2ª região) e conta com o apoio da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e do Conselho Federal de Serviço Social (CFESS). 
No Brasil, o Serviço Social surgiu em 1936 com a criação da primeira escola que mais tarde se tornou a atual Faculdade de Serviço Social da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo. As raízes doutrinárias do Serviço Social brasileiro foram filantrópicas, com referências no pensamento social da Igreja, de cunho humanista conservador e contrário aos ideários liberal e marxista.
Na década de 1960, a profissão passou pelo Movimento de Reconceituação – processo sociopolítico difundido de maneira integrada entre os países da América Latina – que propunha uma renovação em âmbito teórico, metodológico, técnico/operativo e político.
A partir da década de 1980 e início de 1990, diante dos avanços dos direitos sociais tratados na Constituição de 1988, criaram-se novas possibilidades para a prática profissional nas áreas da seguridade social (previdência, saúde, assistência social) e outras políticas sociais.
A intervenção profissional – no âmbito de políticas sócio-assistenciais, na esfera pública ou privada – leva em consideração relações de classe, gênero, etnia, aspirações sociais, políticas, religiosas, culturais, além de componentes de ordem afetiva e emocional. Além disso, desenvolve atividades na abordagem direta da população que procura as instituições e o trabalho do profissional (entrevistas, atendimento de plantão social, visita domiciliar, orientações, encaminhamentos, reuniões, trabalho com indivíduos, famílias, grupos, comunidades, ações de educação e organização popular etc), assim como atua na pesquisa, administração, planejamento, supervisão, consultoria e gestão de políticas, programas e projetos na área social.
As ações dos profissionais de Serviço Social orientam-se pelo Código de Ética e pela Regulamentação do exercício profissional. Sua organização e suporte institucional se dão por meio do Conselho Federal de Serviço Social (âmbito nacional) e dos Conselhos Regionais (âmbito local), da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS) e da Executiva Nacional de Estudantes de Serviço Social (ENESSO).
Os cursos de graduação e mestrado datam da década de 1970 e os de doutorado do início dos anos 1980. Atualmente, há no país 26 cursos de pós-graduação: 18 de Mestrado e oito de Doutorado. O pós-doutorado e/ou livre docência pode ser realizado no Brasil e no exterior. As instituições de formação (149 em todo o país) podem ser públicas (24% federais e 20% estaduais) ou privadas (56%). A grade curricular exige base teórica e metodológica de Serviço Social e base histórica da sociedade brasileira, com estudos sobre as diversidades regionais locais (urbana e rural), conhecimento econômico, social, político e cultural da sociedade brasileira em sua configuração urbana e industrial. Os cursos universitários (a maioria com duração de quatro anos) incluem estágio supervisionado e trabalho final de conclusão de curso, ambos obrigatórios.
Os governos ainda são os principais empregadores da categoria, que hoje conta com 85 mil Assistentes Sociais em todo o país. A iniciativa privada, ONG’s e outros tipos de organizações com e sem fins lucrativos absorvem a força de trabalho qualificada. Os salários profissionais variam entre R$ 700,00 e R$ 1.200,00 mensais.
(Texto adaptado da Publicação do Conselho Federal de Serviço Social/CFESS – Agenda 2005 – a partir da contribuição da Profª Drª Maria Carmelita Yazbek – PUC/SP)
Regulamento da profissão - O Serviço Social é uma profissão de nível superior, regulamentada pela Lei Federal 8.662/93. O profissional somente está habilitado ao exercício da profissão após ser registrado no CRESS. Isto o credencia a assumir as competências e atribuições privativas do Assistente Social.

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